[REVIEW] FULL METAL SCHOOLGIRL UM JOGO REPETITIVO


Full Metal Schoolgirl foi lançado dia 23 de outubro desse ano. O jogo é um roguelike em 3D, produzido pela Yuke's (WWE 2K 14 até o 19, EDF World Brothers) e publicada pela D3 Publisher, sobre duas colegiais ciborgues que tem como objetivo destruir uma empresa. O jogo foi lançado para PC (Steam e Epic Store), PS5 e Nintendo Switch 2. Comprei a versão de Steam e fui começar a jogar no inicio de Novembro. Levei 20 horas para completar só rushando ele no modo normal. Ele possuí 3 níveis de dificuldade podendo ajustar a qualquer momento durante a gameplay.

História:
O jogo se passa num Japão fictício na era Showa em 2089. O Japão, se tornou uma superpotência industrial, mas também se tornou um dos países líderes mundiais em termos de horas extras de trabalho, e a ideia de um futuro doentio onde trabalhar 24 horas por dia é considerado uma virtude é uma crítica óbvia ao sistema de trabalho japonês.

Num mundo onde trabalhadores ciborgues são explorados por megacorporações, as personagens principais são estudantes do ensino médio chamadas 'Machine Girls' (Em japonês é um trocadilho com Magical Girls), cujo corpo inteiro é mecanizado.


Elas conseguem se transformar instantaneamente ambos os braços em armas e usá-las livremente. Elas podem transformar seus braços em qualquer tipo de arma por exemplo, em uma motosserra, uma metralhadora, shotgun, etc... O inimigo é a megacorporação ''Metal Jobs'', a maior Black Company(Termo japonês para empresas com práticas trabalhistas exploradoras) no mundo. Fui dar uma pesquisada e vários nomes em japonês são trocadilhos e meio que se perdeu ao traduzir para o inglês.


Gráficos e Som:
Os gráficos são em estilo anime, e são bem fofinhos. O design das protagonista e da professora Hakaze também são bem feitos, incluindo os acessórios que você pode equipar e as roupas.
O design dos chefões também são criativos, enquanto dos inimigos mais fracos são praticamente os mesmos só mudando a roupa deles de vez em quando.
As animações a o som do jogo são bem feitos para as transformações e ao trocar de armas, os sons e efeitos dos inimigos sendo destruídos também da uma satisfação de assitir e escutar.


O jogo tem a tipica censura ao tentar olhar por debaixo da saia das personagens, mas isso ja tinha sido moddado 24 horas após o lançamento. Não sei se a versão japonesa também é censurada, mas a ocidental sim.
Jogabilidade:
Agora, VAMOS pra parte mais importante, a jogabilidade.
Basicamente, é um jogo de ação roguelike onde você sobe um arranha-céu de 100 andares, do primeiro ao último andar. O combate do jogo deixa você trocar de armas brancas entre espadas, moto serras, etc... e armas de fogo metralhadoras, lança-granadas, shotguns, etc...  e você também tem um drone para assistência. Surpreendentemente o jogo possuí uma variação grande de armas.


Este jogo também possui algumas missões/tarefas para você fazer enquanto avança pelos andares que te recompensam com dinheiro, armas, items, etc... O dinheiro e objetos que os inimigos dropam são os mais importantes para fazer os upgrades. O cenário repetitivo dos andares só muda após você derrotar um boss, então, se prepare porque alguns boss você só encontra após passar pelo mesmo cenário 29 vezes.  A partir do 30º andar eu comecei a apanhar bastante, mas conforme fui fazendo mais upgrades, consegui avançar para o 50º e 70º andares. O jogo todo se passa com as protagonista fazendo uma stream enquanto tudo está acontecendo e os viewers fazem doações e likes. As doações grandes são as missões/tarefas como por exemplo ''elimine os inimigos em x segundos'' ou ''derrote x número de inimigos usando um x tipo de arma ou habilidade''. Eu até achei esse sistema de stream interessante, mas é pouco aproveitado.

Ponto Positivo:
  • O design das Machine Girls é bem bonito e simples. As animações são bem feitas e a dublagem tanto em inglês quanto em japonês são agradáveis.
  • A sensação de derrotar os inimigos é bem maneira. Principalmente por conta das animações deles sendo destruídos.
  • Os chefes tem design distintos um dos outros e são criativos.
  • Combinação de roguelike com hack and slash. Faz bem o feijão com arroz.
  • Bem rápido. No começo é um pouco difícil, mas quando você começa a fazer os upgrades começa a ficar bem mais fácil. Depois que chega ao 60º andar e você já tiver com quase todos os upgrades, você termina  um andar em 5/10 minutos no máximo.
  • Surpreendentemente bem otimizado.
Pontos Negativos:
  • Dificuldade inicial um pouco desequilibrada se você tiver no hard. Tive que mudar para o normal ou acho que não teria passado mais do que uma hora jogando.
  • A música é um pouco repetitiva e sem muita criatividade.
  • Design dos andares e dos inimigos básicos são repetitivos.
  • As missões que os viewers te dão são bem poucas e ficam se repetindo.
  • História não é lá essas coisas.
  • Poderia ter modo cooperativo. Já que você pode escolher entre duas protagonistas. Ainda mais que o jogo é feito pela Yuke's.
  • O preço é ridículo. O jogo base é R$249,50 e o jogo possuí dois tipos de DLC com Season Pass R$113,02 e sem Season Pass R$75,01. Eu comprei somente o jogo base sem nenhuma DLC e olha que me sinto scammado. A última vez que me senti tão scammado foi quando comprei Senran Kagura x Neptunia.
  • Nao tem PT-BR.
Resumo: Interessante, mas repetitivo. Se for jogar espere uma promoção de no mínimo 85% de desconto.


      Comentários